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segunda-feira, 3 de junho de 2013

POLÍTICA EDUCACIONAL X REALIDADE

1. INTRODUÇÃO


A lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 trata de um documento sancionado em Brasília no dia 20 de Dezembro de 1996 pelo, então, Presidente Fernando Henrique Cardoso tratando exclusivamente dos direitos e deveres entre Estado, profissionais da educação e família no que diz respeito ao assunto da oferta de ensino em todos os níveis para a população brasileira, sem distinção qualquer, de gênero, etnia, cultura, opção sexual ou casos de inclusão.
O documento possui ao todo, noventa e dois artigos distribuídos em nove títulos onde estão estipuladas as normas que regem desde a Educação Infantil até a Educação Superior, incluindo Educação Especial, Educação Profissional, Educação de Jovens e Adultos, Profissionais da Educação, Recursos Financeiros, entre outros.
No que diz respeito à qualidade da Educação a ser oferecida, há espalhado pelo documento alguns artigos, os que mais me chamaram a atenção foram:
Art. 3º - que fala sobre a base de princípios em que o ensino será ministrado, como, igualdade, liberdade de aprender, liberdade cultural, de pensamento e arte, pluralismo de ideias, gratuidade do ensino público e garantia de qualidade desse serviço;
Art 28º, 78º e 79º - garante o direito de adaptação do currículo para as comunidades rurais e indígenas. Neste segundo caso, a alfabetização na língua nativa da tribo deverá ser feita em conjunto com a língua Portuguesa.
Já em relação aos profissionais da educação há um título inteiro que aborda esse tema que é o Título VI abrangendo os artigos 61º até o 67º. Neles estão especificadas as normas que garantem aos profissionais da educação a necessidade mínima de qualificação para o exercício da função, ingresso em cargos públicos por meio de concursos, valorização da categoria, formação continuada, condições adequadas de trabalho, horários reservados para estudos entre outros.



2. POLÍTICA X REALIDADE


Infelizmente para o nosso futuro, hoje, a qualidade da educação em nosso país está muito aquém do que deveria. Não há pelo governo um interesse tão comprometido e melhorar esse sistema. É muito falatório e pouca ação, tudo política e plano de governo em época de eleição.
O sistema educacional na teoria diverge totalmente da realidade e num país em que nem o governo trata com respeito essa área, como querer ter respeito dos demais cidadãos? Num país onde infelizmente tudo acaba em “pizza” e o sentimento de impunidade grita ensurdecendo nossos pensamentos, como fazer a juventude crer em princípios nobres como honra, honestidade e retidão? Elementos essenciais para que uma educação seja não só bem sucedida mas semeada em bom campo?
Ao ver a juventude do jeito que vai, percebo que alguns docentes não se esforçam em lecionar com a paixão antiga, não apenas por conta das dificuldades financeiras que atravessam ou da desvalorização de sua categoria, mas porque não creem que jogar pérolas aos porcos seja uma boa atitude (palavras já ditas na minha presença por um professor de ensino médio depois de 20 anos de magistério). Isso desanima qualquer um.
Vendo pelo lado do jovem que chega à escola dando de cara com professores desmotivados, que sequer estão comprometidos a justificar o pouco que ganham, e olha que no meio dos tomates amassados há sempre algum que dá para salvar, perdem também o interesse e aquele que poderia fazer a diferença na vida um do outro acaba se perdendo nesse caos. Infelizmente, também, já tive o desprazer de ouvir aluno da rede pública reclamar que não teve aula.
Agora vamos analisar com olhos paternos. Realmente é de chorar entregar seu filho aos cuidados de uma escola onde: muito dos alunos são violentos, alguns dos professores são omissos e as condições físicas do prédio são caóticas. O que os pais podem esperar de uma escola toda pichada, com mobiliário parecendo sucata, lousas precisando de conserto, etc.? Como eles poderão acreditar na boa qualidade da educação que está sendo oferecida? Na capacidade dos professores, sim, porque para eles, e aqui estamos tratando das camadas mais desinformadas, os professores são os culpados, são eles que têm que dar o jeito. Eles simplesmente não entendem, querem apenas o que lhes é de direito e, em parte têm razão, só precisam saber para quem reivindicar.


3. CONSIDERAÇÕES FINAIS


Há que se achar um “m.d.c.” nessa equação para tentarmos equilibrar a situação no intuito de, pelo menos, melhorar um pouco essa baderna.
Fácil? Claro que não. Nada que seja fácil é durável, respeitado e valorizado, mas enquanto os lados envolvidos ficarem cada qual no seu canto parlamentando com os seus, ao invés de se reunirem, colocarem as cartas na mesa e decidirem realmente traçar uma estratégia que mude totalmente esse roteiro, nada acontecerá.
Isso é fato.
Além de leis, diretrizes, emendas e coisa e tal, deve haver ação, pois palavras o vento leva, mas é a ação que faz o homem e muda a trajetória de toda uma sociedade.
A pergunta é:

Existe realmente a vontade de mudar esse cenário?






4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.


SANTOS, Pablo S. M. B. dos. Guia Prático da Política Educacional no Brasil: Ações, Planos, Programas e Impactos. São Paulo: Cengage, 2012.

Todos os links acessados em 30/05/2013.

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