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terça-feira, 4 de junho de 2013

Atividades Lúdicas e o Ensino de Ciências

1. INTRODUÇÃO

Esse trabalho tem como objetivo principal, mostrar que a ludicidade pode ser aplicada ao ensino das Ciências no Ensino Fundamental, sem que com isso a disciplina perca a sua importância mediante as demais.
Foi desenvolvido um jogo especialmente para esse fim, baseado em outros já lançados, e que notoriamente fazem sucesso entre jovens e adultos.
Esse jogo é o Quiz, que nada mais é do que jogo de perguntas e respostas onde vence o grupo ou pessoa que responder a mais perguntas que o seu adversário.
Esse tipo de jogo foi escolhido por ser altamente estimulante já que faz parte da natureza humana o gosto pela competitividade e pelo querer mostrar ser mais do que os outros, então, nada mais justo do que canalizar essa “energia” toda em uma atividade com cunho pedagógico, onde o principal objetivo é a assimilação do conteúdo temático em administração.
O cuidado que se deve ter, entretanto, é o de não perder o foco da atividade, estar sempre no controle da classe para que a meta seja atingida a contento.



2. DESENVOLVIMENTO

Como auxiliar de ensino para a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental, sugerimos um jogo tomando por base um conhecido jogo de perguntas e respostas que poderá ser usado a qualquer tempo pelo docente.
Esse jogo simples e dinâmico fará com que os alunos mantenham-se focados no Tema abordado, principalmente se antes de passa-lo o professor anunciar que o jogo será marcado, por exemplo, para a aula seguinte.
Sabendo da possibilidade de haver um jogo, se a aula for bem, os alunos com o objetivo de vencer a partida tenderão a prestar mais a atenção nas falas do professor, sendo nesse momento a chance que o docente tem de prender seu interesse para o assunto apresentado utilizando não somente a velha didática expositiva, mas também outras metodologias criativas que farão da aula um período, no mínimo, interessante aos olhos do alunado.
O cuidado que se deve tomar é o de não conscientizar o aluno da importância pedagógica daquele momento lúdico, deve-se enfatizar o brincar, o divertir, o “quem sabe mais ganha”, pois quando se tira a ludicidade do jogo, o mesmo deixa de ter qualquer importância ou sentido para a criançada, pois eles já estudaram e agora eles querem brincar. O professor nessa hora não poderá deixar transparecer que aquela será uma aula como as outras e sim uma aula “especial”, um “dia diferente”, termos que animam as crianças, pois saem da rotina da lousa-carteira do dia-a-dia.
A criança deve ser instigada constantemente a querer saber mais e mais e a querer, por si só, procurar respostas às suas perguntas, isto é, deve ser estimulada a pesquisar por meio de livros (principalmente), boas revistas e por último a internet já que como diz o ditado: “Não devemos por a carroça na frente dos bois”, não desmerecendo a importância da tecnologia, visto que ela está aí para nos auxiliar, mas é imperativo que, antes de tudo, os alunos saibam bem como manusear livros reais antes dos virtuais.
A seguir, então, descrevo a atividade sugerida com as instruções de como aplica-la e suas possíveis variações, lembrando que cabe ao professor decidir a melhor maneira de usa-la em sala.

Quiz Ecológico

Material:


  • 1 saquinho de pano com 12 fichas amarelas e numeradas de 1 até 12;
  • 1 saquinho de pano com 4 fichas sendo, 1 vermelha, 1 azul clara, 1 branca e 1 verde;
  • 12 cartões com perguntas sobre “Animais da Terra”, com o verso vermelho;
  • 12 cartões com perguntas sobre “Animais da Água”, com o verso azul claro;
  • 12 cartões com perguntas sobre “Animais do Ar”, com o verso branco;
  • 12 cartões com perguntas sobre “Plantas”, com o verso verde;

Como jogar:


  1. Dividir a classe em grupos;
  2. Pedir que uma criança de cada grupo sorteie uma ficha do saquinho e o grupo daquela criança que tirar a ficha com valor maior começa o jogo. Se houver mais de dois grupos, o próximo será o que tiver a ficha de valor imediatamente menor à primeira e assim por diante;
  3. Depois com todas as fichas numeradas dentro do saquinho e as coloridas em outro começa o jogo pedindo para que cada criança tire uma ficha numerada e uma colorida, a combinação do número com a cor será o cartão com a pergunta que o grupo deverá responder;
  4.  Ganha o grupo que obtiver mais pontos.

Variações:

Esse é um jogo que pode ser confeccionado pelo próprio professor, com materiais simples, reciclados, incentivando, inclusive, a importância do reaproveitamento do lixo urbano.
As perguntas são feitas de acordo com o Tema que está sendo ministrado, logo, o professor pode ter uma coleção de cartõezinhos abordando vários assuntos para ser usado em momentos próprios.
Por ser um jogo competitivo, isso desperta o interesse e a vontade de ganhar a partida, inata no ser humano, então quando o professor usa esse jogo como um auxiliar tanto como método de ensino-aprendizagem quanto como avaliação da turma, ele obterá respostas imediata de seus alunos, de qualquer faixa etária.

3. CONCLUSÃO

Vários estudos em relação ao fato de que a ludicidade aliada ao ensino resulta em uma aprendizagem mais eficaz e significativa e, nossas próprias experiências pessoais não podem refutar essa afirmação, pois não me lembro de nenhum momento em que professores que usaram de jogos e/ou brincadeiras em sala para ensinar algo, tenha caído em meu total esquecimento.
O simples fato é que, foram usadas artimanhas que fizeram com que o tema ensinado tivesse algum tipo de sentido para nós e partindo daí, conhecendo os alunos, os professores bolavam piadas, brincadeiras e desafios que nos instigavam a “mostrar para ele” que a gente conseguia sim, coisa do tipo “Duvido que você consegue...”, mas, como dito anteriormente, adequando o desafio à faixa etária da classe.
Essa mudança de “ares” faz bem ao cognitivo e ao emocional da classe e do professor, inclusive, sendo uma ótima oportunidade de integração social, estreitamento de laços afetivos e relaxamento o que além de proporcionar uma ótima sensação de bem estar, ajuda a dar à criança o sentido do saber, do descobrir, do pesquisar, do xeretar por bons motivos.
Tal sede de informação, inata ao ser humano, que se mostra mais forte quando ele é muito jovem ainda deve ser preservada a todo custo e, esta é uma das tarefas do docente em sala de aula, que não só pode como deve lançar mão da ludicidade como ferramenta de trabalho na sua profissão.



4. REFERÊNCIAS

TRIVELATO,Silvia Frateschi.Ensino de Ciências.In:Atividades lúdicas e ensino de Ciências – A biodiversidade como exemplo.SP:CENGAGE Learning,2011,p.115-133.


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