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quinta-feira, 6 de junho de 2013

O Contador de Histórias



O filme narra a trajetória de um dos maiores contadores de história do mundo, desde a sua infância pobre até o seu estágio como professor. 

É o perfeito exemplo de como uma intervenção pedagógica correta pode mudar a vida de alguém. Pena, que há recursos tão limitados para isso nesse país, muita coisa deve ser revista, bem como o próprio ECA que marginaliza nossos jovens ao invés de ensinar-lhes a responsabilidade que eles tem para com a sociedade em que vivem. 

Como educadora, eu sou a favor da redução da idade penal DESDE QUE aliada à um programa eficaz de reabilitação do jovem, para quando ele retornar à sociedade. 

Amor e educação não é apenas passar a mão na cabeça de um educando quando ele faz coisa errada por compreender a sua trajetória de vida até ali, amar e educar é ensinar ao jovem que ele será realmente livre e feliz, o dia em que conseguir repousar em paz, sabendo que não sobreviveu àquele dia passando por cima de alguém, tirando vantagem, roubando, estuprando ou matando. 

O amor à vida, ao próximo e a si mesmo devem ser resgatados o quanto antes, e essa é uma tarefa que compete à FAMÍLIA, em primeiro lugar, e ao ESTADO. 

Afinal, são eles ou não o futuro do nosso país?

terça-feira, 4 de junho de 2013

Atividades Lúdicas e o Ensino de Ciências

1. INTRODUÇÃO

Esse trabalho tem como objetivo principal, mostrar que a ludicidade pode ser aplicada ao ensino das Ciências no Ensino Fundamental, sem que com isso a disciplina perca a sua importância mediante as demais.
Foi desenvolvido um jogo especialmente para esse fim, baseado em outros já lançados, e que notoriamente fazem sucesso entre jovens e adultos.
Esse jogo é o Quiz, que nada mais é do que jogo de perguntas e respostas onde vence o grupo ou pessoa que responder a mais perguntas que o seu adversário.
Esse tipo de jogo foi escolhido por ser altamente estimulante já que faz parte da natureza humana o gosto pela competitividade e pelo querer mostrar ser mais do que os outros, então, nada mais justo do que canalizar essa “energia” toda em uma atividade com cunho pedagógico, onde o principal objetivo é a assimilação do conteúdo temático em administração.
O cuidado que se deve ter, entretanto, é o de não perder o foco da atividade, estar sempre no controle da classe para que a meta seja atingida a contento.



2. DESENVOLVIMENTO

Como auxiliar de ensino para a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental, sugerimos um jogo tomando por base um conhecido jogo de perguntas e respostas que poderá ser usado a qualquer tempo pelo docente.
Esse jogo simples e dinâmico fará com que os alunos mantenham-se focados no Tema abordado, principalmente se antes de passa-lo o professor anunciar que o jogo será marcado, por exemplo, para a aula seguinte.
Sabendo da possibilidade de haver um jogo, se a aula for bem, os alunos com o objetivo de vencer a partida tenderão a prestar mais a atenção nas falas do professor, sendo nesse momento a chance que o docente tem de prender seu interesse para o assunto apresentado utilizando não somente a velha didática expositiva, mas também outras metodologias criativas que farão da aula um período, no mínimo, interessante aos olhos do alunado.
O cuidado que se deve tomar é o de não conscientizar o aluno da importância pedagógica daquele momento lúdico, deve-se enfatizar o brincar, o divertir, o “quem sabe mais ganha”, pois quando se tira a ludicidade do jogo, o mesmo deixa de ter qualquer importância ou sentido para a criançada, pois eles já estudaram e agora eles querem brincar. O professor nessa hora não poderá deixar transparecer que aquela será uma aula como as outras e sim uma aula “especial”, um “dia diferente”, termos que animam as crianças, pois saem da rotina da lousa-carteira do dia-a-dia.
A criança deve ser instigada constantemente a querer saber mais e mais e a querer, por si só, procurar respostas às suas perguntas, isto é, deve ser estimulada a pesquisar por meio de livros (principalmente), boas revistas e por último a internet já que como diz o ditado: “Não devemos por a carroça na frente dos bois”, não desmerecendo a importância da tecnologia, visto que ela está aí para nos auxiliar, mas é imperativo que, antes de tudo, os alunos saibam bem como manusear livros reais antes dos virtuais.
A seguir, então, descrevo a atividade sugerida com as instruções de como aplica-la e suas possíveis variações, lembrando que cabe ao professor decidir a melhor maneira de usa-la em sala.

Quiz Ecológico

Material:


  • 1 saquinho de pano com 12 fichas amarelas e numeradas de 1 até 12;
  • 1 saquinho de pano com 4 fichas sendo, 1 vermelha, 1 azul clara, 1 branca e 1 verde;
  • 12 cartões com perguntas sobre “Animais da Terra”, com o verso vermelho;
  • 12 cartões com perguntas sobre “Animais da Água”, com o verso azul claro;
  • 12 cartões com perguntas sobre “Animais do Ar”, com o verso branco;
  • 12 cartões com perguntas sobre “Plantas”, com o verso verde;

Como jogar:


  1. Dividir a classe em grupos;
  2. Pedir que uma criança de cada grupo sorteie uma ficha do saquinho e o grupo daquela criança que tirar a ficha com valor maior começa o jogo. Se houver mais de dois grupos, o próximo será o que tiver a ficha de valor imediatamente menor à primeira e assim por diante;
  3. Depois com todas as fichas numeradas dentro do saquinho e as coloridas em outro começa o jogo pedindo para que cada criança tire uma ficha numerada e uma colorida, a combinação do número com a cor será o cartão com a pergunta que o grupo deverá responder;
  4.  Ganha o grupo que obtiver mais pontos.

Variações:

Esse é um jogo que pode ser confeccionado pelo próprio professor, com materiais simples, reciclados, incentivando, inclusive, a importância do reaproveitamento do lixo urbano.
As perguntas são feitas de acordo com o Tema que está sendo ministrado, logo, o professor pode ter uma coleção de cartõezinhos abordando vários assuntos para ser usado em momentos próprios.
Por ser um jogo competitivo, isso desperta o interesse e a vontade de ganhar a partida, inata no ser humano, então quando o professor usa esse jogo como um auxiliar tanto como método de ensino-aprendizagem quanto como avaliação da turma, ele obterá respostas imediata de seus alunos, de qualquer faixa etária.

3. CONCLUSÃO

Vários estudos em relação ao fato de que a ludicidade aliada ao ensino resulta em uma aprendizagem mais eficaz e significativa e, nossas próprias experiências pessoais não podem refutar essa afirmação, pois não me lembro de nenhum momento em que professores que usaram de jogos e/ou brincadeiras em sala para ensinar algo, tenha caído em meu total esquecimento.
O simples fato é que, foram usadas artimanhas que fizeram com que o tema ensinado tivesse algum tipo de sentido para nós e partindo daí, conhecendo os alunos, os professores bolavam piadas, brincadeiras e desafios que nos instigavam a “mostrar para ele” que a gente conseguia sim, coisa do tipo “Duvido que você consegue...”, mas, como dito anteriormente, adequando o desafio à faixa etária da classe.
Essa mudança de “ares” faz bem ao cognitivo e ao emocional da classe e do professor, inclusive, sendo uma ótima oportunidade de integração social, estreitamento de laços afetivos e relaxamento o que além de proporcionar uma ótima sensação de bem estar, ajuda a dar à criança o sentido do saber, do descobrir, do pesquisar, do xeretar por bons motivos.
Tal sede de informação, inata ao ser humano, que se mostra mais forte quando ele é muito jovem ainda deve ser preservada a todo custo e, esta é uma das tarefas do docente em sala de aula, que não só pode como deve lançar mão da ludicidade como ferramenta de trabalho na sua profissão.



4. REFERÊNCIAS

TRIVELATO,Silvia Frateschi.Ensino de Ciências.In:Atividades lúdicas e ensino de Ciências – A biodiversidade como exemplo.SP:CENGAGE Learning,2011,p.115-133.


segunda-feira, 3 de junho de 2013

POLÍTICA EDUCACIONAL X REALIDADE

1. INTRODUÇÃO


A lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 trata de um documento sancionado em Brasília no dia 20 de Dezembro de 1996 pelo, então, Presidente Fernando Henrique Cardoso tratando exclusivamente dos direitos e deveres entre Estado, profissionais da educação e família no que diz respeito ao assunto da oferta de ensino em todos os níveis para a população brasileira, sem distinção qualquer, de gênero, etnia, cultura, opção sexual ou casos de inclusão.
O documento possui ao todo, noventa e dois artigos distribuídos em nove títulos onde estão estipuladas as normas que regem desde a Educação Infantil até a Educação Superior, incluindo Educação Especial, Educação Profissional, Educação de Jovens e Adultos, Profissionais da Educação, Recursos Financeiros, entre outros.
No que diz respeito à qualidade da Educação a ser oferecida, há espalhado pelo documento alguns artigos, os que mais me chamaram a atenção foram:
Art. 3º - que fala sobre a base de princípios em que o ensino será ministrado, como, igualdade, liberdade de aprender, liberdade cultural, de pensamento e arte, pluralismo de ideias, gratuidade do ensino público e garantia de qualidade desse serviço;
Art 28º, 78º e 79º - garante o direito de adaptação do currículo para as comunidades rurais e indígenas. Neste segundo caso, a alfabetização na língua nativa da tribo deverá ser feita em conjunto com a língua Portuguesa.
Já em relação aos profissionais da educação há um título inteiro que aborda esse tema que é o Título VI abrangendo os artigos 61º até o 67º. Neles estão especificadas as normas que garantem aos profissionais da educação a necessidade mínima de qualificação para o exercício da função, ingresso em cargos públicos por meio de concursos, valorização da categoria, formação continuada, condições adequadas de trabalho, horários reservados para estudos entre outros.



2. POLÍTICA X REALIDADE


Infelizmente para o nosso futuro, hoje, a qualidade da educação em nosso país está muito aquém do que deveria. Não há pelo governo um interesse tão comprometido e melhorar esse sistema. É muito falatório e pouca ação, tudo política e plano de governo em época de eleição.
O sistema educacional na teoria diverge totalmente da realidade e num país em que nem o governo trata com respeito essa área, como querer ter respeito dos demais cidadãos? Num país onde infelizmente tudo acaba em “pizza” e o sentimento de impunidade grita ensurdecendo nossos pensamentos, como fazer a juventude crer em princípios nobres como honra, honestidade e retidão? Elementos essenciais para que uma educação seja não só bem sucedida mas semeada em bom campo?
Ao ver a juventude do jeito que vai, percebo que alguns docentes não se esforçam em lecionar com a paixão antiga, não apenas por conta das dificuldades financeiras que atravessam ou da desvalorização de sua categoria, mas porque não creem que jogar pérolas aos porcos seja uma boa atitude (palavras já ditas na minha presença por um professor de ensino médio depois de 20 anos de magistério). Isso desanima qualquer um.
Vendo pelo lado do jovem que chega à escola dando de cara com professores desmotivados, que sequer estão comprometidos a justificar o pouco que ganham, e olha que no meio dos tomates amassados há sempre algum que dá para salvar, perdem também o interesse e aquele que poderia fazer a diferença na vida um do outro acaba se perdendo nesse caos. Infelizmente, também, já tive o desprazer de ouvir aluno da rede pública reclamar que não teve aula.
Agora vamos analisar com olhos paternos. Realmente é de chorar entregar seu filho aos cuidados de uma escola onde: muito dos alunos são violentos, alguns dos professores são omissos e as condições físicas do prédio são caóticas. O que os pais podem esperar de uma escola toda pichada, com mobiliário parecendo sucata, lousas precisando de conserto, etc.? Como eles poderão acreditar na boa qualidade da educação que está sendo oferecida? Na capacidade dos professores, sim, porque para eles, e aqui estamos tratando das camadas mais desinformadas, os professores são os culpados, são eles que têm que dar o jeito. Eles simplesmente não entendem, querem apenas o que lhes é de direito e, em parte têm razão, só precisam saber para quem reivindicar.


3. CONSIDERAÇÕES FINAIS


Há que se achar um “m.d.c.” nessa equação para tentarmos equilibrar a situação no intuito de, pelo menos, melhorar um pouco essa baderna.
Fácil? Claro que não. Nada que seja fácil é durável, respeitado e valorizado, mas enquanto os lados envolvidos ficarem cada qual no seu canto parlamentando com os seus, ao invés de se reunirem, colocarem as cartas na mesa e decidirem realmente traçar uma estratégia que mude totalmente esse roteiro, nada acontecerá.
Isso é fato.
Além de leis, diretrizes, emendas e coisa e tal, deve haver ação, pois palavras o vento leva, mas é a ação que faz o homem e muda a trajetória de toda uma sociedade.
A pergunta é:

Existe realmente a vontade de mudar esse cenário?






4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.


SANTOS, Pablo S. M. B. dos. Guia Prático da Política Educacional no Brasil: Ações, Planos, Programas e Impactos. São Paulo: Cengage, 2012.

Todos os links acessados em 30/05/2013.