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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

"Aprender e Ensinar Matemática no Ensino Fundamental"



Aprender e ensinar matemática no ensino fundamental


Andréa Meira Lima Peres – RA 189705
Pedagogia 5º MA
Professora Maria da Penha Tessarini


Resumo

Este trabalho é a síntese de parte do conteúdo dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática para o Ensino Fundamental, onde é abordado quais são as necessidades, objetivos e possíveis métodos na aplicação desse assunto, para os docentes designados à execução dessa tarefa.

Serve para auxiliar, instruir e nortear os temas que devem ser tratados sempre levando em consideração a necessidade do aluno frente à sociedade na qual estão inseridos.

Palavras-chave: Matemática. Ensino Fundamental. PCN.


1. Introdução

O processo do ensino da matemática abrange algumas variáveis importantes, tendo como principais envolvidos o aluno, o professor e o saber matemático.

Como pontos importantes nesse processo, temos a necessidade de conhecer as principais e básicas características dessa ciência, o nosso público-alvo e a diversidade didática que envolve essa disciplina, para que se obtenha, no fim, o objetivo almejado.

Nos dias de hoje, com a gama de informações existente, os educandos já não são tão passivos quanto antes, eles necessitam de uma metodologia de ensino que os privilegiem, e a escola que optar por fazer dessa necessidade o seu carro-chefe obterá, sem dúvida, resultados maravilhosos.

Uma matemática interdisciplinar que “faça sentido” ao aluno, além de prazerosa, torna mais eficaz a compreensão e auxilia na formação de um cidadão questionador, crítico e analista.

Um professor comprometido com o ensino de uma matemática dinâmica e interdisciplinar deve, não apenas conhecer teorias metodológicas mas, também, possuir conhecimentos de sua história, o que sem dúvida ajudará no processo ensino-aprendizagem. O conhecimento transmitido não será apenas um monte de regras memorizadas e posteriormente esquecidas.

O modelo tradicional de ensino no qual o professor apresenta o “ponto” e o aluno o reproduz de acordo com o passo-a-passo do mestre caiu por terra mostrando a sua ineficácia perante o fato de que o aluno realmente não compreendeu o que lhe foi passado.

A consciência de que o aluno não é uma folha em branco e possui saberes prévios, coloca-o no centro do processo ensino-aprendizagem, reinventando o papel do professor que passa de simples transmissor de conhecimento para o de incentivador, organizador, mediador e controlador do que está sendo ministrado, auxiliando seus discentes na aquisição e formulação de hipóteses e conclusões.

Outra interação tão importante quanto a do professor com o aluno é entre os educandos, desempenhando um papel muito importante na formação cognitiva e emocional de cada indivíduo.

O fato de poderem trabalhar em grupo, ajudando e apoiando um ao outro, compartilhando experiências, promove além da habilidade de interagir coletivamente, o amadurecimento no campo da pesquisa por melhores resultados, o saber expressar-se e ouvir o outro, a argumentação e a compreensão e formulação de resoluções e conclusões.

“Essas aprendizagens só serão possíveis na medida em que o professor proporcionar um ambiente de trabalho que estimule o aluno a criar, comparar, discutir, rever, perguntar e ampliar ideias.” – (PCN MATEMÁTICA, pg.31)

2. Alguns caminhos para “fazer matemática” na sala de aula

Não há uma fórmula mágica para ensinar matemática, mas há algumas possibilidades que podem ser trabalhadas pelo docente, tais como:

  • O recurso à resolução de problemas que busca que o aluno a partir de uma situação-problema, elabore um ou vários procedimentos de resolução, comparando os resultados obtidos com os dos colegas e formando, por fim, a sua conclusão validando o método usado para chegar até ele;
  • O recurso à história da matemática onde é apresentado ao aluno o fato de que a matemática é uma área de conhecimento criada pelo homem, para a solução de problemas ocorridos durante a sua trajetória desde os primórdios da humanidade, satisfazendo a curiosidade do como surgiu, para que surgiu e de que modo surgiu, facilitando o entendimento do aluno sobre algo que, muitas vezes, para ele, não fazia sentido algum;
  • O recurso às tecnologias da informação não podem, de forma alguma, deixar de existir na realidade do ensino da matemática, visto que estamos numa era em que o acesso à informação é amplo e ocorre, muitas vezes, em tempo real. São ferramentas que podem ajudar e muito o aluno e o professor como apoio para o ensino da matemática, fonte de aprendizagem e ferramenta para desenvolvimento de habilidades específicas nessa área. A tecnologia pode ensinar o aluno a aprender com os seus erros, trabalhar coletivamente trocando suas produções, comparando-as e construindo conceitos;
  • O recurso aos jogos largamente usado pelos docentes é um facilitador na aprendizagem que se adquire de forma lúdica, privilegiando o cognitivo, o emocional, o moral e o social de cada criança estimulando cada vez mais o raciocínio lógico.

Os objetivos gerais do ensino da Matemática para o Ensino Fundamental abrangem que o aluno possa identificar os conhecimentos matemáticos que facilitarão a sua convivência com a comunidade, fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos, resolver situações-problema, comunicar-se matematicamente, estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos, sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos matemáticos e interagir com seus pares de forma cooperativa.

A seleção dos conteúdos que devem compor o currículo do ensino da Matemática, devem ser pensados a partir da necessidade da sociedade brasileira contribuindo para o desenvolvimento intelectual do aluno, lembrando que no futuro, esse conhecimento permitirá ao cidadão lidar com informações recebidas diariamente.

Dentre os conteúdos que devem ser abordados no Ensino Fundamental estão os conceitos de:

  • Números e operações: que permitirá ao aluno conhecer os vários tipos de representação numéricas existentes e algoritmos simples e complexos (equações), para que servem e quando podem ser utilizados;
  • Espaço e forma: que contribui para a aprendizagem da matemática pois, é a partir das noções geométricas que o ensino é executando, estimulando a criança a observar, perceber semelhanças partindo da exploração dos objetos do mundo físico atingindo outras áreas de conhecimento;
  • Grandezas e medidas: por estar presente no nosso cotidiano, o ensino de grandezas e medidas torna-se essencial nos primeiros anos do Ensino Fundamental e sua abordagem pode e deve alcançar todas as áreas de conhecimento, trabalhando deste a sua história até a sua aplicação nos dias atuais;
  • Tratamento da informação: abrange noções de estatística que leva o aluno a construir procedimentos de coleta, organização, comunicação e interpretação de dados obtidos; noções de combinatória onde o aluno lida com situações-problema que o estimula a lidar com combinações, arranjos e permutações; e noções de probabilidade cuja principal finalidade é fazer o aluno compreender que grande parte dos acontecimentos cotidianos são de natureza aleatória.

Selecionados os conteúdos, a sua organização deve respeitar certos critérios como: a variação de conexões que podem ser estabelecidas entre os diferentes blocos, proporcionando ao aluno a compreensão fundamental de cada item dos diferentes blocos; o tipo de ênfase que deve ser dada a cada item; e o nível de aprofundamento dos conteúdos em função das possibilidades de compreensão dos alunos.

3. Avaliação em matemática

Levando em consideração o fato de que mudou o pensamento do ensino de Matemática, deve-se, também, considerar uma mudança no método de avaliação dessa disciplina.

Um exemplo bem adotado de avaliação são as chamadas fichas de mapeamento onde são registradas as atitudes dos alunos frente aos conteúdos apresentados, tarefas, trabalhos, postura em sala juntamente com as provas.

Tão importante quanto avaliar o avanço do estudante é avaliar também os erros cometidos por ele, que auxiliam o docente a descobrir se a sua metodologia está ou não dando bons frutos, e com isso planejar a intervenção que deverá ser tomada para auxiliar o aluno a avaliar o caminho percorrido.

4. Conclusão

Os Parâmetros Curriculares Nacionais nos mostram que a realidade no ensino da Matemática para alunos do Ensino Fundamental mudou drasticamente nos últimos anos, levando os docentes a considerar o aluno como detentor de uma história e de conhecimentos prévios que não devem jamais ser ignorados e sim usados em favor deles.

Uma matemática mais voltada à realidade dos alunos, que faz sentido, oferecida de forma lúdica pode e deve ser usada cada vez mais, objetivando o ensino eficaz de uma disciplina que alcançará a vida toda da pessoa que está sendo formada em sala de aula.




5. Referência Bibliográficas

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