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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A CRIANÇA E O NÚMERO



RESUMO

O ensino da matemática tem sido, durante muitos anos, um verdadeiro “bicho-papão” para educadores e educandos. Muito têm-se discutido em quais são as melhores maneiras de ensinar o conceito de números às crianças sem que isso torne-se uma tarefa árdua e ingrata causando, no fim, uma total aversão e desinteresse pela disciplina no futuro dos alunos.

Apresentaremos uma das táticas mais utilizadas pelos professores do ensino infantil nesse tema.

Palavras-chave: Educação, Ludicidade, Ensino Infantil, Números

INTRODUÇÃO

O número faz parte de nosso cotidiano. Desde antes de nascermos, já somos medidos, pesados e nossos dias são contados ainda no ventre materno.  Por que então, ao tomarmos logo o conhecimento real de sua existência nos pegamos com um medo terrível de encará-los de frente? 

O que fazer para tornar essa aproximação em uma experiência prazerosa?

Esses questionamentos têm preocupado, em muito, os professores de ensino infantil e fundamental e até hoje tem sido objeto de pesquisas por parte deles que desejam, que o ensino da matemática deixe de ser maçante e um tabu para seus alunos.

Não se pode refutar que quando sentimos prazer em algo, assimilamos melhor as experiências e as acomodamos de tal forma dentro de nós que fica difícil esquecermos seus conceitos. O contrário também conta. Por isso muitos educadores tem lançado mão da ludicidade para apresentar a matemática para as crianças desde cedo.

É certo que os educandos já chegam à escola com um conceito numérico oriundo de transmissão social, onde os números não representam exatamente o que são. Mesmo sabendo contar, muitas vezes de 0 até 10, eles não têm ainda a ideia correta do que significam e/ou representam os números, e é aí que entra a parte do professor. O docente deve provocar o pequeno a avaliar, analisar e a descobrir, por si, o conceito e o significado dos números em sua vida. Não se deve dar as resposta para os infantes e sim auxiliá-los a raciocinar em cima do proposto.

A ideia do número não pode ser imposta, ela deve ser formada aos poucos, dentro de cada criança, sempre respeitando a sua maturidade cognitiva.

Uma das maneiras mais utilizadas para conseguir esse intento é a utilização de jogos. Eles apresentam regras, que remetem ao nosso dia-a-dia e fazem com que a experiência do aprender ocorra de uma maneira agradável e motivador. Os jogos desenvolvem nas crianças o raciocínio, as habilidades motoras, mentais e sócio-afetivas.

Trabalhar com jogos estimula a criatividade e provoca nas crianças uma revolução cognitiva que as leva a evoluir em suas hipóteses de aprendizagem.

Para Piaget (1989, p.5), “Os jogos não são apenas uma forma de divertimento, mas são meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual. Para manter seu equilíbrio com o mundo, a criança necessita brincar, criar, jogar e inventar”.

Há vários jogos que se pode trabalhar dentro de sala de aula, utilizando materiais fáceis de arrumar, dentro do cotidiano infantil e que fazem sentindo para o aluno.

Contar brinquedos, pedrinhas, folhas, provocar o pequeno a formular qual coleção é mais numerosa, a contar pontos ganhos num jogo para ver quem é o vencedor, tudo isso apresentado de forma lúdica, dentro de um contexto educativo, proporciona ao aluno a oportunidade de assimilação produtiva, aquela que é feita com eficácia e que é duradoura na vida de uma pessoa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Não existe uma fórmula pronta que se aplica ao ensino da matemática e dos números.

O docente tem que “sentir” seus alunos em primeiro lugar, para saber até onde pode chegar com cada um deles antes de aplicar qualquer tipo de metodologia de ensino. E isso se refere a qualquer faixa etária.

Não se deve esquecer que toda e qualquer prática lúdica tem que possuir um objetivo final para que não se caia na armadilha de proporcionar uma atividade pela atividade apenas. Necessário faz manter o foco no seu objetivo final que é a assimilação do conceito numérico em sua essência, para que serve e como utilizá-lo da melhor maneira.

E, sobretudo, a ciência de que a criança não apenas absorve o conteúdo transmitido, mas também reinventa a si mesma levando em consideração o que aprendeu e reciclando a própria história.

Referências:




2 comentários:

  1. Os textos matemáticos (em escrita cuneiforme) mais antigos foram encontrados na Mesopotâmia. Na China, é inventado o ábaco, primeiro instrumento mecânico para calcular. São criadas as tabuadas e o cálculo de área é desenvolvido. Estas coisas aconteceram entre 3000 e 2500 a.C.
    Aproximadamente em 1600 a.C., é escrito o papiro de Rhind, principal texto matemático dos egípcios, este contem regras para o cálculo de adições e subtrações de frações, equações simples de 1º grau, diversos problemas de aritmética, medições de superfícies e volumes.

    De 550 até 450 a.C., é estabelecida a era pitagórica, caracterizada por grandes conhecimentos na geometria elementar, como o teorema de Pitágoras. Os pitagóricos foram os primeiros a analisar a noção de número e estabelecer as relações de correspondência entre a aritmética e a geometria. Definiram os números primos, algumas progressões e a teoria das proporções.

    O matemático grego Erastótenes idealizou um método com o qual pôde medir a circunferência da terra, isto ocorreu entre 276 e 194 a.C.

    Entre os anos 300 e 600 o povo hindu cria o sistema numérico decimal que usamos hoje.

    No ano 1100, Omar Khayyam desenvolve um método para desenhar um segmento cuja longitude fosse a raiz real positiva de um polinômio cúbico dado. Em 1525, o matemático alemão emprega o atual símbolo da raiz quadrada. Em 1545, Gerolamo Cardano publica o método geral para a resolução de equações do 3º grau. Em 1550, Ferrari torna público o método de resolver equações do 4º grau. Em 1591, François Viète aplica, pela primeira vez, a álgebra à geometria. Em 1614, os logaritmos são inventados por Napier. Em 1619, Descartes cria a geometria analítica.

    No ano 1642, Blaise Pascal constrói a primeira maquina de calcular, com a qual podia-se somar ou subtrair com números de até seis dígitos. Em 1684, é criado, ao mesmo tempo, por Newton e Leibniz o cálculo infinitesimal. Em 1746, D’Alembert enuncia e demonstra parcialmente que qualquer polinômio de grau n tem n raízes reais.

    No período compreendido entre o ano 1761 e 1895, muita coisa aconteceu. Johann Lambert prova que o número p é irracional (1761). Leonard Euler, matemático suíço, simboliza a raiz quadrada de -1 com a letra i (de imaginário) (1777). O matemático italiano Paolo Ruffini enuncia e demonstra parcialmente a impossibilidade de resolver equações de 5º grau (1798). Laplace publicou em Paris a Teoria Analítica das Probabilidades, onde faz um desenvolvimento rigoroso da teoria das probabilidades com aplicação a problemas demográficos, jurídicos e explicando diversos fatos astronômicos (1812). Bernhard Bolzano cria o teorema que leva seu nome (1817). O matemático russo Georg Cantor cria a teoria dos conjuntos (entre 1872 e 1895).

    Em 1904, o matemático sueco Niels F. Helge Von Koch constrói a curva que leva seu nome. As medalhas Fields são criadas para premiar os matemáticos que se destacam (1924). Em 1975, Mitchell Feigenbaum descobre um modelo matemático que descreve a transição da ordem ao caos. Em 1977, os matemáticos K. Appel e W. Haken resolvem o histórico teorema das quatro cores com a ajuda de um computador.

    Achei bem sucinta e interessante esta história da Matemática!!
    Logo postaremos sobre a utlização do Ábaco,o que para muitos ,parece um bicho de sete cabeças,mas vamos desmistificá-lo.

    Beijo á todos!!!

    Soraya Cazella

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