O ensino
da matemática tem sido, durante muitos anos, um verdadeiro “bicho-papão” para
educadores e educandos. Muito têm-se discutido em quais são as melhores
maneiras de ensinar o conceito de números às crianças sem que isso torne-se uma
tarefa árdua e ingrata causando, no fim, uma total aversão e desinteresse pela
disciplina no futuro dos alunos.
Apresentaremos
uma das táticas mais utilizadas pelos professores do ensino infantil nesse
tema.
Palavras-chave:
Educação, Ludicidade, Ensino Infantil, Números
INTRODUÇÃO
O número
faz parte de nosso cotidiano. Desde antes de nascermos, já somos medidos,
pesados e nossos dias são contados ainda no ventre materno. Por que então, ao tomarmos logo o
conhecimento real de sua existência nos pegamos com um medo terrível de
encará-los de frente?
O que fazer para tornar essa aproximação em uma
experiência prazerosa?
Esses
questionamentos têm preocupado, em muito, os professores de ensino infantil e
fundamental e até hoje tem sido objeto de pesquisas por parte deles que
desejam, que o ensino da matemática deixe de ser maçante e um tabu para seus
alunos.
Não se
pode refutar que quando sentimos prazer em algo, assimilamos melhor as experiências
e as acomodamos de tal forma dentro de nós que fica difícil esquecermos seus
conceitos. O contrário também conta. Por isso muitos educadores tem lançado mão
da ludicidade para apresentar a matemática para as crianças desde cedo.
É certo
que os educandos já chegam à escola com um conceito numérico oriundo de
transmissão social, onde os números não representam exatamente o que são. Mesmo
sabendo contar, muitas vezes de 0 até 10, eles não têm ainda a ideia correta do
que significam e/ou representam os números, e é aí que entra a parte do
professor. O docente deve provocar o pequeno a avaliar, analisar e a descobrir,
por si, o conceito e o significado dos números em sua vida. Não se deve dar as
resposta para os infantes e sim auxiliá-los a raciocinar em cima do proposto.
A ideia
do número não pode ser imposta, ela deve ser formada aos poucos, dentro de cada
criança, sempre respeitando a sua maturidade cognitiva.
Uma das
maneiras mais utilizadas para conseguir esse intento é a utilização de jogos.
Eles apresentam regras, que remetem ao nosso dia-a-dia e fazem com que a
experiência do aprender ocorra de uma maneira agradável e motivador. Os jogos
desenvolvem nas crianças o raciocínio, as habilidades motoras, mentais e
sócio-afetivas.
Trabalhar
com jogos estimula a criatividade e provoca nas crianças uma revolução
cognitiva que as leva a evoluir em suas hipóteses de aprendizagem.
Para
Piaget (1989, p.5), “Os jogos não são apenas uma forma de divertimento, mas são
meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual. Para manter
seu equilíbrio com o mundo, a criança necessita brincar, criar, jogar e inventar”.
Há vários
jogos que se pode trabalhar dentro de sala de aula, utilizando materiais fáceis
de arrumar, dentro do cotidiano infantil e que fazem sentindo para o aluno.
Contar
brinquedos, pedrinhas, folhas, provocar o pequeno a formular qual coleção é
mais numerosa, a contar pontos ganhos num jogo para ver quem é o vencedor, tudo
isso apresentado de forma lúdica, dentro de um contexto educativo, proporciona
ao aluno a oportunidade de assimilação produtiva, aquela que é feita com
eficácia e que é duradoura na vida de uma pessoa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Não existe
uma fórmula pronta que se aplica ao ensino da matemática e dos números.
O docente
tem que “sentir” seus alunos em primeiro lugar, para saber até onde pode chegar
com cada um deles antes de aplicar qualquer tipo de metodologia de ensino. E isso
se refere a qualquer faixa etária.
Não se
deve esquecer que toda e qualquer prática lúdica tem que possuir um objetivo
final para que não se caia na armadilha de proporcionar uma atividade pela
atividade apenas. Necessário faz manter o foco no seu objetivo final que é a
assimilação do conceito numérico em sua essência, para que serve e como
utilizá-lo da melhor maneira.
E,
sobretudo, a ciência de que a criança não apenas absorve o conteúdo
transmitido, mas também reinventa a si mesma levando em consideração o que
aprendeu e reciclando a própria história.
Referências: